Fábrica de Cerveja Miranda Corrêa

A Fábrica de Cerveja Miranda Corrêa, cuja pedra fundamental foi assentada em 20 de fevereiro de 1910 e inaugurada em 10 de outubro de 1912 pelos irmãos Miranda Corrêa (Luís Maximino e Antonino Carlos, engenheiros, Altino Flávio, almirante, e Deocleto Clarivaldo, médico), com o início da produção de cerveja e chope em barris, que faria fama entre os manauenses. A XPTO sobreviveu aos seus criadores, continuando a ser fabricada por mais de 50 anos.
Ganharam o mundo, pois eram servidas nos navios que saiam de Manaus rumo à Europa. XPTO, que a primeira vista é uma sigla, na realidade é abreviatura do nome de Cristo em grego (Christós: X (qui), P (ró), T (tau) e O (omicron). O historiador Antonio Loureiro, descobriu que XPTO é uma gíria usada em Portugal desde o século 20 e falada até hoje e significa “OK, é o máximo”. O prédio da empresa, projetado na França, no estilo de um castelo bávaro.
A pincha (ou tampinha) que fechava a garrafa tinha desenhado o mapa do Amazonas e seus rios, circundado pela inscrição Cervejaria Miranda Corrêa. O rótulo apresentava uma águia entrelaçada com o nome XPTO.
Uma cópia de um anúncio visto na Times Square, em Nova York, por Antonio quando esteve lá. Quando a XPTO deixou de ser fabricada, em 1970, o historiador Ed Lincon Barros tinha apenas um ano de idade, mas ele descobriu que a empresa J. Macedo comprou o controle acionário da Cervejaria Miranda Corrêa e começou a fabricar a Brahma, em 1972, com novos e modernos equipamentos, aumentaram a produção, talvez não visse sentido em produzir duas marcas de cervejas ou mesmo a Brahma não permitisse que eles produzissem outra”.

Foto: Daniel Corttez
texto de Zélia de Miranda Corrêa, filha de Antonio Carlos de Miranda Corrêa Júnior, sobrinho de Maximino de Miranda Corrêa.